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03 julho 2012

Fluxo salivar e os níveis de ansiedade e depressão em pacientes com a Síndrome da Ardência Bucal: estudo de caso-controle


PALAVRAS-CHAVE: Síndrome da Ardência Bucal; glossalgia; saliva; ansiedade; depressão.

RESUMO: Objetivo: Avaliar os níveis de ansiedade e depressão, e medir a velocidade do fluxo salivar estimulado em indivíduos portadores da Síndrome da Ardência Bucal (SAB). Método: Um total de 60 indivíduos fez parte deste trabalho, dos quais 30 eram portadores da Síndrome da Ardência Bucal (grupo-caso) e 30 eram indivíduos saudáveis (grupo‑controle). Os indivíduos foram submetidos a um exame físico e à coleta de saliva total estimulada para análise da velocidade do fluxo salivar, além de responderem ao questionário Hospital Anxiety and Depression Scale (HADS). Resultado: No grupo-caso, 93% eram mulheres com média de idade de 61,3 anos. A língua mostrou-se a região bucal mais acometida pela sensação de queimação. Nos indivíduos com a Síndrome da Ardência Bucal, 86% dos pacientes sofriam de ansiedade e 73% de depressão; enquanto no grupo-controle, 46,7% dos indivíduos apresentaram algum nível de ansiedade e 23,3%, de depressão. Os testes do Qui-Quadrado e exato de Fischer revelaram haver diferença significativa entre os grupos em função dos níveis de ansiedade e depressão (p ≤ 0,01). A sialometria revelou que as médias da velocidade do fluxo salivar total estimulada para os grupos-caso e controle foram de 1,02 e 1,06 mL/min, respectivamente (p > 0,05). Conclusão: A presença de alterações psicológicas – tais como a ansiedade e a depressão – pode representar um fator desencadeante da Síndrome da Ardência Bucal; porém, a velocidade do fluxo salivar não parece estar relacionada com essa síndrome.


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