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11 fevereiro 2015

Avaliação das doenças orais em uma população de pacientes com necessidades especiais

RGO.Revista Gaúcha de Odontologia (Online)

versão On-line ISSN 1981-8637

Evaluation of oral diseases in a population of special needs patients

 

Resumo

OLIVEIRA, Francisco Artur Forte et al. Avaliação das doenças orais em uma população de pacientes com necessidades especiais. RGO, Rev. gaúch. odontol. (Online) [online]. 2013, vol.61, n.1, pp. 77-83. ISSN 1981-8637.
Objetivo Avaliar a condição de saúde bucal de uma população de pacientes com necessidades especiais atendida no curso de especialização da Associação Brasileira de Odontologia, Seção Ceará. Métodos Nesse estudo de natureza descritiva e transversal utilizou-se os índices CPO-D e IPC para avaliação das doenças cárie e periodontal, respectivamente, entre os meses de Agosto de 2009 e Março de 2010. Necessidades de tratamento dentário e outras lesões em tecidos moles orais também foram investigadas. Resultados Realizaram-se exames bucais em 88 pacientes selecionados por conveniência, sendo a média de idade correspondente a 43,8 ± 16 anos. A maioria se enquadrava no grupo de doenças sistêmicas (68,1%), destacando-se as diseases cardiovasculares (15,9%). O índice CPO-D médio foi 17,54 ± 7,13, com 87,5% dos pacientes apresentando cárie ativa. Segundo o maior grau de condição periodontal observado no indivíduo, o cálculo dental (índice 2) foi o que esteve presente em um maior número de pacientes (50,9%). Quanto às necessidades de tratamento dental, 68,1% deles necessitaram de tratamento restaurador, 43,1% de tratamento cirúrgico (exodontias) e 21,5% de tratamento endodôntico. Não foram encontradas anormalidades em tecido mole na maioria dos pacientes (89,7%). Conclusão Os pacientes examinados possuíam alta prevalência de doenças orais, como cárie e gengivite/periodontite e, conseqüentemente, grande necessidade de tratamento odontológico. Diante dos resultados, torna-se importante motivar a atenção odontológica e as práticas preventivas voltadas para essa parcela da população.
Palavras-chave : Assistência odontológica para pessoas com deficiência; Assistência odontológica para doentes crônicos; Epidemiologia; Saúde bucal. 

Aspectos dentários e esqueléticos de pacientes com a Síndrome de Down

RGO.Revista Gaúcha de Odontologia (Online)

versão On-line ISSN 1981-8637

Dental and skeletal characteristics of patients with Down Syndrome

 

Resumo

DE FARIA, Fernanda Gumes; LAURIA, Roberta Andrade  e  BITTENCOURT, Marcos Alan Vieira. Aspectos dentários e esqueléticos de pacientes com a Síndrome de Down. RGO, Rev. gaúch. odontol. (Online) [online]. 2013, vol.61, n.1, pp. 121-126. ISSN 1981-8637.
A síndrome de Down, também conhecida como Trissomia do 21, é uma alteração genética muito comum, que apresenta características clínicas, dentárias e faciais bastante evidentes, além de diversas manifestações sistêmicas. Os portadores desta anomalia possuem retardo no desenvolvimento físico e alterações no padrão normal de crescimento ósseo. Uma forma de fazer esta análise é associar as idades cronológica e esquelética, por meio da avaliação dos centros de ossificação em radiografia de mão e punho. De modo geral, um pobre desenvolvimento do terço médio da face está presente, o que contribui para o elevado índice de maloclusões. Contudo, existem algumas variações individuais. Assim, neste artigo, teve-se como objetivo fazer uma breve revisão acerca de algumas características da síndrome, importantes para que o cirurgião-dentista estabeleça um correto diagnóstico clínico. Procurou-se, também, fazer uma análise comparativa dos padrões dentários e esqueléticos de dois pacientes portadores da síndrome de Down, através da avaliação clínica e por meio de radiografias panorâmica e de mão e punho. Evidenciou-se retardo nos crescimentos ósseo e esquelético no paciente mais jovem (12 anos 3 meses), enquanto o que apresentava maior idade cronológica (14 anos) registrou uma aceleração em seu desenvolvimento.
Palavras-chave : Desenvolvimento ósseo.; Síndrome de Down.; Má oclusão.. 



Queilite actínica: avaliação histopatológica de 44 casos

Revista de Odontologia da UNESP

On-line version ISSN 1807-2577

Rev. odontol. UNESP vol.43 no.6 Araraquara Nov./Dec. 2014

Artigos Originais


Actinic cheilitis: histopathological evaluation of 44 cases

Rachel Reinaldo Arnaud a *, Maria Sueli Marques Soares b , Marcos Antônio Farias de Paiva b , Cláudia Roberta Leite Vieira de Figueiredo b , Manuela Gouvêa Campêlo dos Santos c , Cláudia Cazal Lira b
 
aUNIPE – Centro Universitário de João Pessoa, João Pessoa, PB, Brasil
bUFPB – Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, PB, Brasil
cUEPB – Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, PB, Brasil



Objetivo:
Descrever os aspectos epidemiológicos, clínicos e histopatológicos da queilite actínica.
Material e método:
Foi realizado um estudo retrospectivo a partir de casos com diagnóstico clínico de queilite actínica, registrados no arquivo histopatológico do Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Hospital Napoleão Laureano, Paraíba, relativos ao período de 2000 a 2007. Foram selecionados 44 blocos parafinados, que apresentavam condições de reavaliação histológica através da confecção de novas lâminas. Os novos cortes foram corados em Hematoxilina e Eosina, e a avaliação histopatológica foi realizada por dois examinadores independentes, sendo as alterações classificadas de acordo com OMS. Realizou-se análise estatística descritiva em programa SPSS for Windows versão 13.
Resultado:
Do total da amostra, 52,3% (23) dos casos foram diagnosticados em homens e 47,7% (21) em mulheres, com idade variando de 27 a 92 anos. A maioria dos indivíduos (81,9%) tinha mais de 40 anos. Em relação às características histológicas, 68,2% (30) dos casos exibiram algum grau de displasia epitelial, sendo 36,3% (16) classificados como displasia leve, 20,4% (9) como displasia moderada e 11,3% (5), displasia severa. Em 15,9% (7), ocorreu carcinoma de células escamosas. No tecido epitelial de revestimento labial, os achados histológicos mais frequentes e identificados foram presença de degeneração hidrópica (79,5%) e hipergranulose (56,8%). Infiltrado inflamatório foi observado em 88,6% dos casos e elastose solar, em 86,4%.
Conclusão:
Com base nos resultados da amostra estudada, podemos concluir que a maioria das lesões de queilite actínica acometeu lábio inferior de homens, com mais de 40 anos de idade. A análise histopatológica revelou displasia e atipia celular, infiltrado inflamatório e presença de elastose solar, que são características comuns em lesões de QA.
Palavras-Chave: Queilite; carcinoma de células escamosas; radiação solar; carcinogênese

Objective:
To describe the epidemiological, clinical and histopathological aspects in actinic cheilitis.
Material and method:
We conducted a retrospective study from cases with clinical diagnosis of actinic cheilitis recorded in the histopathology of the Service of Head and Neck Napoleon Laureano Hospital, Paraíba, from 2000 to 2007. We selected 44 paraffin blocks to product new slides. These new sections were stained with hematoxylin and eosin, and histopathological evaluation was performed by two independent examiners, and the changes classified according to OMS. We conducted a descriptive statistical analysis in SPSS for Windows version 13.
Result:
Of the total sample, 52.3% (23) cases were diagnosed in men and 47.7% (21) in women aged from 27 to 92 years old. Most individuals (81.9%) were over 40 years old. Regarding the histologic features, 68.2% (30) of cases showed some degree of epithelial dysplasia, 36.3% (16) classified as mild dysplasia, 20.4% (9) moderate dysplasia and 11.3% (5) severe dysplasia. In 15.9% (7) cases, squamous cell carcinoma of lip was observed. In epithelial tissue lining lips, the most frequent histologic findings identified were the presence of hydropic degeneration (79.5%) and hypergranulosis (56.8%). Inflammatory infiltrate was observed in 88.6% of cases and 86.4% in solar elastosis.
Conclusion:
Based on the results of the sample we can conclude that most of the actinic cheilitis lesions fastened lower lip of men over 40 years old. Histopathological analysis revealed that cellular atypia, inflammatory infiltrate and presence of solar elastosis are common features in actinic cheilitis lesions.
Key words: Cheilitis; squamous cell carcinoma; solar radiation; carcinogenesis


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Trauma dentário na infância: avaliação da conduta dos educadores de creches públicas de Patos-PB


Dental trauma in childhood: evaluation action of educators in public nurseries from the city of Patos/PB

Luciana Ellen Dantas Costaa, Faldryene de Sousa Queiroza, Carolina Bezerra Cavalcanti Nóbregaa, Maronilson Soares Leitea, Waleska Fernanda Souto Nóbregaa, Eliete Rodrigues de Almeidab
aUFCG – Universidade Federal de Campina Grande, Patos, PB, Brasil
bUNICSUL – Universidade Cruzeiro do Sul, São Paulo, SP, Brasil


Introdução
O trauma dental na infância ocorre em locais de assistência a essa fase e a conduta tomada pelos cuidadores, após o acidente, influencia diretamente no prognóstico.

Objetivo:
Avaliar o conhecimento dos Educadores de creches públicas sobre que condutas tomariam frente ao trauma dentário na infância.

Metodologia:
Por meio de estudo descritivo transversal, foi aplicado um questionário a 23 Educadores das creches públicas do Município de Patos-PB, para avaliar o perfil dos sujeitos e a conduta frente a situações emergenciais de trauma dentário nosescolares. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro de Saúde e Tecnologia Rural – UFCG, sob protocolo n.º 056/2011. Para análise e tabulação dos dados, foi utilizado o programa estatístico SPSS versão 18.0.

Resultado:
Observou-se que a maioria dos Educadores (91,3%) nunca foi capacitada, não estando estes aptos a realizar o primeiro atendimento em caso de trauma dentário. Com relação ao tema avulsão dentária, 60,9% dos Educadores não saberiam o que fazer em caso de avulsão do dente permanente e 40,3%, do decíduo. Diante do dente avulsionado, 26,1% lavariam o dente rapidamente com água corrente, o armazenaria em um guardanapo, lenço ou algodão (21,7%) e levaria a criança ao Cirurgião-Dentista. Diante de fratura coronária de dente, 34,8% guardariam o pedaço fraturado, enquanto que 39,1% não saberiam como proceder. Todos os entrevistados julgaram ser muito importante uma capacitação com os docentes, para realizar as primeiras medidas emergenciais frente ao trauma dentário.

Conclusão:
A maioria dos Educadores não está preparada para lidar com trauma dentário na infância, apresentando pouco ou nenhum conhecimento sobre o tema em questão, sendo necessária a inserção de programas que visem à capacitação docente em saúde bucal.
Palavras-Chave: Docentes; conhecimento; avulsão dentária


Introduction:
Dental trauma in childhood occurs in locals they are assisted and action taken by caregivers after the accident directly influences the prognosis.

Objective:
To assess the knowledge of educators in public nurseries toward their atitudes when facing dental trauma in childhood.

Methodology:
Through a cross-sectional study, a questionnaire was given to 23 educators in public daycare centers in Patos/PB to assess personal characteristics and behavior in relation to emergency situations of dental injuries in school. The study was approved by the Research Ethics Committee of the Health Center and Rural Technology/UFCG, protocol number 056/2011. For analysis and tabulation of the data SPSS version 18.0 was used.

Result:
It was observed that the majority of educators (91.3%) were never trained, not being able to perform the first care in the event of dental trauma. On the dental avulsion topic, 60.9% of the teachers did not know what to do in case of avulsion of permanent teeth, and 40.3% of deciduous. Before the avulsed tooth, 26.1% would quickly wash the tooth with running water, would store on a napkin, handkerchief or cotton (21.7%) and take the child to the dentist. In relation to crown fracture of tooth, 34.8% would keep the fractured piece, while 39.1% would not know how to proceed. All respondents felt it was a very importante a training session with the teachers to make them conduct first emergency care in dental trauma.

Conclusion:
Most educators are not prepared to deal with dental trauma in childhood, with little or no knowledge about the subject, the inclusion of programs aiming teacher training in oral health is needed.
Key words: Faculty; knowledge; tooth avulsion


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