PALAVRAS-CHAVE: Síndrome da Ardência Bucal; glossalgia; saliva; ansiedade; depressão.
RESUMO: Objetivo: Avaliar os níveis
de ansiedade e depressão, e medir a velocidade do fluxo salivar
estimulado em indivíduos portadores da Síndrome da Ardência Bucal (SAB).
Método: Um total de 60 indivíduos fez parte deste trabalho, dos quais
30 eram portadores da Síndrome da Ardência Bucal (grupo-caso) e 30 eram
indivíduos saudáveis (grupo‑controle). Os indivíduos foram submetidos a
um exame físico e à coleta de saliva total estimulada para análise da
velocidade do fluxo salivar, além de responderem ao questionário
Hospital Anxiety and Depression Scale (HADS). Resultado: No grupo-caso,
93% eram mulheres com média de idade de 61,3 anos. A língua mostrou-se a
região bucal mais acometida pela sensação de queimação. Nos indivíduos
com a Síndrome da Ardência Bucal, 86% dos pacientes sofriam de ansiedade
e 73% de depressão; enquanto no grupo-controle, 46,7% dos indivíduos
apresentaram algum nível de ansiedade e 23,3%, de depressão. Os testes
do Qui-Quadrado e exato de Fischer revelaram haver diferença
significativa entre os grupos em função dos níveis de ansiedade e
depressão (p ≤ 0,01). A sialometria revelou que as médias da velocidade
do fluxo salivar total estimulada para os grupos-caso e controle foram
de 1,02 e 1,06 mL/min, respectivamente (p > 0,05). Conclusão: A
presença de alterações psicológicas – tais como a ansiedade e a
depressão – pode representar um fator desencadeante da Síndrome da
Ardência Bucal; porém, a velocidade do fluxo salivar não parece estar
relacionada com essa síndrome.
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