RESUMO: Introdução: Os terceiros molares apresentam
maior incidência de inclusão. Quando indicada, a exodontia desses dentes
pode resultar em acidentes e complicações. Objetivo: O objetivo deste
estudo foi analisar a incidência de acidentes e complicações nas
cirurgias de terceiros molares, relacionando-os com a técnica cirúrgica,
tempo de cirurgia e trismo. Material e método: Foram realizadas 154
exodontias de terceiros molares inferiores e/ou superiores em 91
pacientes. O trismo foi avaliado pela distância interincisal no pré e
sete dias de pós-operatório. Os acidentes, as complicações e a técnica
cirúrgica foram registrados no transoperatório e após sete dias da
cirurgia. A técnica cirúrgica foi classificada em I, II e III para
terceiro molar superior, sendo, respectivamente: com o uso de fórceps e
extrator; com ostectomia; com ostectomia e odontossecção. A
classificação da técnica cirúrgica em IV, V e VI, para terceiro molar
inferior, sendo, respectivamente: com o uso de fórceps e extrator; com
ostectomia; ostectomia e odontossecção. Resultado: O acidente mais
prevalente no transoperatório foi a fratura radicular (5,1%), seguida da
fratura dentoalveolar (1,2%), e ocorreu em maior número com as técnicas
cirúrgicas IV e VI. Em relação às complicações, o trismo (15,5%) foi a
complicação mais prevalente após uma semana de cirurgia e ocorreu em
maior número nas cirurgias de zero a 30 minutos, com a técnica I,
seguido pela lesão de comissura labial (9,0%). Conclusão: A fratura
radicular foi mais prevalente no transoperatório e o trismo, no
pós-operatório. A elaboração e a execução de um plano de tratamento
adequado são fatores fundamentais na redução da incidência de acidentes e
complicações.
PALAVRAS-CHAVE: Terceiro molar; cirurgia bucal; trismo.
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