13 maio 2011
Prevalência de maloclusões em escolares de baixo nível socioeconômico
José Bento ALVES
Maria Helena ALVES
Resumo
Objetivo
Caracterizar a prevalência de maloclusões em escolares de 5 a 7 anos, com baixo nível socioeconômico e contribuir para o planejamento de ações de intervenção em Uberaba, Minas Gerais.
Métodos
Foram selecionadas, aleatoriamente, três escolas públicas para participarem do estudo localizadas nos três distritos sanitários da cidade. As crianças foram examinadas em ambiente escolar por examinadora e auxiliares treinadas. Foi examinado o universo de crianças, cujos responsáveis consentiram a participação no estudo. O instrumento de coleta de dados utilizou itens que constam nas classificações de Fisk e Moyers e outros auxiliares no diagnóstico das maloclusões. Para verificar a relação entre as variáveis foi realizado o teste qui-quadrado. Os dados foram analisados no programa estatístico SPSS 14.0 e o nível de significância adotado foi α≤0,05.
Resultados
Apresentaram algum tipo de maloclusão 87,7% das crianças, sendo que 55,8% de pele branca ou parda e oclusão tipo I (χ² = 39,210 p<0,0001). Apresentaram fala normal 88,6%, porém as crianças com 6 anos apresentaram um índice elevado de anormalidade na fala (49,2%), quando comparadas às demais (χ² = 18,455 p<0,05). A prevalência de mordida cruzada foi igual a 12,6%.
Conclusão
A prevalência das maloclusões apresentou-se alta em escolares de 5 a 7 anos de baixo nível socioeconômico em Uberaba, Minas Gerais. Há necessidade de elaboração de propostas de orientação para as crianças e seus familiares, envolvendo o sistema de saúde pública municipal para a adoção de estratégias preventivas.
Termos de indexação: Criança. Estudantes. Má oclusão. Prevalência.
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Desordem temporomandibular: prevalência e necessidade de tratamento em pacientes portadores de próteses totais duplas
Ricardo Alexandre ZAVANELLI
Resumo
Objetivo
Determinar a prevalência de desordem temporomandibular, assim como a necessidade de tratamento em pacientes portadores de próteses totais duplas a partir dos índices anamnésico e clínico de disfunção.
Métodos
A amostra foi composta por 90 pacientes institucionalizados, portadores de próteses totais duplas, selecionados aleatoriamente, com idade média de 67,2 anos. Os dados coletados foram tabulados e os testes estatísticos de Kruskal-Wallis e qui-quadrado aplicados, adotando-se o nível de significância de 5% (p<0,05).
Resultados
A prevalência de desordem temporomandibular nesta amostra, de acordo com os índices anamnésico e clínico, foi de 80,0% e 100,0%, respectivamente, e a necessidade de tratamento, de acordo com os mesmos índices, foi de 38,9% e 51,1%, respectivamente. Foi encontrada correlação estatisticamente significante entre os índices anamnésico e clínico.
Conclusão
A prevalência de desordem temporomandibular, bem como a necessidade de tratamento em pacientes portadores de próteses totais duplas nesta amostra foi alta.
Termos de indexação: Boca edentada. Prótese total. Transtornos da articulação temporomandibular.
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Abordagem científica e clínica do selamento de lesões de cárie em superfícies oclusais e proximais
Alessandro Dourado LOGUERCIO
Rosa Helena Miranda GRANDE
Alessandra REIS
O objetivo deste estudo foi revisar a literatura para evidenciar os aspectos científicos e técnicos envolvidos no selamento de lesões de cárie em superfícies oclusais e proximais. Após a análise dos artigos referenciados, encontrados a partir de busca eletrônica e manual, observou-se que há trabalhos estudando a possibilidade de paralisação da lesão oclusal e proximal com procedimentos não invasivos. Diversos estudos são discutidos e o passo a passo da técnica para selamento proximal é abordado. O selamento parece ser uma ferramenta eficaz na paralisação da lesão cariosa em superfícies proximais, o que vem a ser um ganho de estrutura dental sadia em relação às técnicas invasivas. Apesar deste procedimento se mostrar bastante promissor em superfícies proximais, outros estudos clínicos devem ser realizados.
Termos de indexação: Adesivos dentinários. Cárie dentária. Diagnóstico.
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Cimentos usados em prótese fixa: uma pesquisa com especialistas em prótese de Porto Alegre
Resumo
Atualmente, diversos cimentos são utilizados para cimentação de próteses fixas na prática clínica odontológica. Com o surgimento de novos materiais o cirurgião dentista assume um papel de fundamental importância na escolha do cimento empregado. O objetivo do presente estudo foi avaliar o uso de cimentos para prótese fixa por especialistas em prótese dentária que atuam no município de Porto Alegre, por meio de um questionário. Para isso, um questionário com 22 perguntas foi elaborado e aplicado a tais profissionais registrados no Conselho Regional de Odontologia. Dentre os 225 indivíduos elegíveis, 39 foram excluídos. Da amostra de 186 especialistas, 72 não foram entrevistados. Os 114 indivíduos entrevistados representaram uma taxa de resposta de 61,29%. O ano de graduação de 52% dos respondentes foi entre 1981 e 2000 e 63% concluíram o curso de pós-graduação após 1991. Para cimentação final de próteses fixas métalo-cerâmicas, 65% dos dentistas usam cimento de fosfato de zinco. Entretanto, para prótese fixas livres de metal, 57% utilizam cimento resinoso. Com o avanço da tecnologia em materiais reabilitadores, novos materiais e técnicas foram criados, no entanto, o cimento de fosfato de zinco segue como primeira escolha entre os especialistas para cimentação final de próteses métalo-cerâmicas.
Capacidade de termoplastificação da guta-percha com diferentes conicidades
Camila Almeida Nascimento; Mário Tanomaru-Filho; Roberta Bosso; Milton Carlos Kuga; Juliane Maria Guerreiro-Tanomaru
PALAVRAS-CHAVE: Endodontia; obturação do canal radicular; guta-percha
RESUMO: Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar a capacidade de termoplastificação da guta-percha com diferentes conicidades utilizadas na obturação de canais radiculares: Dentsply convencional (Dentsply Ind. e Com. Ltda., Petrópolis - RJ, Brasil), Dentsply 0,04, (Dentsply Ind. e Com. Ltda., Petrópolis-RJ, Brasil), Antaeos 0,04 (VDW GmbH, München, Alemanha), Protaper (Dentsply Ind. e Com. Ltda., Petrópolis-RJ, Brasil) e Alfa 0,06 (VDW GmbH, München, Alemanha). Material e método: Corpos de prova de cada material (n = 10) foram confeccionados após aquecimento. Depois de 24 horas, foram novamente aquecidos à temperatura de 70 °C e posicionados entre duas placas de vidro, sendo submetidos a uma compressão de 5 kg por 2 minutos. A imagem digitalizada dos grupos antes e depois da compressão foi analisada no software Image Tool (UTHSCSA Image Tool for Windows version 3.0, San Antonio, TX, USA). A capacidade de escoamento dos diferentes materiais foi determinada pela diferença entre as áreas inicial e final da cada espécime. Os resultados obtidos foram submetidos ao teste ANOVA e Tukey com nível de significância de 5%. Resultado: Dentre os materiais analisados, os cones de guta-percha Alfa 0,06 e Protaper apresentaram maior termoplastificação quando comparados aos demais (p < 0,05). O grupo Dentsply apresentou termoplasticidade intermediária, enquanto que os grupos Dentsply 0,04 e Antaeos 0,04 apresentaram menor termoplastificação após aquecimento (p > 0,05). Conclusão: Os cones de guta-percha apresentam diferentes propriedades de termoplastificação, sendo esta característica importante na seleção das técnicas de obturação termoplásticas.
Conduta endodôntica pós-trauma em dente com rizogênese incompleta
Mônica Sampaio do Vale; Priscila Macêdo França da Silva
PALAVRAS-CHAVE: Obturação do canal radicular; hidróxido de cálcio; necrose pulpar
RESUMO: Neste artigo, descreve-se o tratamento endodôntico de um incisivo central superior esquerdo com rizogênese incompleta que, após trauma, apresentou fratura coronária e abscesso dentoalveolar agudo evoluído. O tratamento instituído foi a desinfecção e o esvaziamento do conteúdo séptico do canal radicular, seguido de medicação intracanal em forma de pasta à base de hidróxido de cálcio, renovada periodicamente com o intuito de promover a formação de uma barreira apical mineralizada (apicificação). Após comprovação clínica e radiográfica do fechamento apical sete meses após o início do tratamento, o canal foi obturado definitivamente por meio da técnica do cone de guta‑percha rolado associado ao cimento Sealer 26. Proporcionou-se, portanto, o retorno das condições de saúde do dente em questão, evitando, assim, a sua perda prematura.
Prótese dentária na saúde pública: resultados de um centro de especialidades odontológicas no município de Maringá - PR
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